Projeto Diversidade em Evidência leva 180 alunos das Escolas Firjan SESI para debate na Casa Firjan - Escola Firjan SESI

Blog

Tecnologia Ancestral foi tema do encontro, ministrado por importantes pensadoras negras

Aproveitando a temática da exposição “Arte Maker: Tecnologias Ancestrais”, que está em cartaz até 14/04 na Casa Firjan, o projeto Diversidade em Evidência, iniciativa realizada em parceria entre a Gerência de Educação Básica e a Gerência de Cultura e Arte da Firjan SESI, retomou suas ações na tarde desta quarta-feira, 20/03, com um bate-papo com cerca de 180 alunos e alunas das Escolas Firjan SESI Petrópolis, Três Rios e São Gonçalo.

Ao longo de duas horas, estudantes de Ensino Médio puderam conversar com três importantes pesquisadoras, profissionais, pensadoras e ativistas negras: Aza Njeri, doutora em Literaturas Africanas e pesquisadora de Filosofias, Culturas, Literaturas e Artes Africanas; Sol Miranda, atriz, diretora e produtora; e Karine Priscila, estilista, modelo e proprietária da Negrita Modas.

“O projeto Diversidade em Evidência desenvolve ações com alunos e professores a fim de se combater todas as formas de preconceitos e fomentar uma escola plural e diversa. Agora, aproveitamos a ‘Arte Maker: Tecnologias Ancestrais’ para desdobrar as questões que estão postas na exposição: estética negra, racismo, ancestralidade”, explicou o coordenador de conteúdo da Educação Básica Firjan SESI, Fabio Rodrigues da Silva.

Para provocar os estudantes presentes, a primeira pergunta do encontro foi: “o que é tecnologia?”. Palavras como “evolução”, “inovação”, “futuro”, “conhecimento”, “criatividade”, “acessibilidade”, “resistência”, “ciência” e “arte” foram algumas apontadas pelos estudantes como desdobramentos do significado de tecnologia.

Para Bernardo Duarte, de 17 anos, da Escola Firjan SESI São Gonçalo, tecnologia é a base para as relações sociais. “Como nos comunicamos com as pessoas. A gente respira, pensa, o coração bate por causa de tecnologia. É a ferramenta que viabiliza fazer o que quisermos”.

Já Nicolly Teixeira, de 16 anos, aluna da Escola Firjan SESI Três Rios, destacou a tecnologia como “resistência de culturas”. “Se não houvesse a internet, por exemplo, muitas coisas estariam perdidas por conta do apagamento de histórias. Então, tecnologia também é acessibilidade”.

Callebe Pereira, de 16 anos, aluno da Escola Firjan SESI Petrópolis, ressaltou a influência da tecnologia na atualidade. “Pessoas negras sofrem racismo na internet e se matam por conta disso. Durante muito tempo, não víamos pessoas negras nesses canais. Tecnologia pode ser, então, uma forma de promover o entendimento sobre a nossa história, a nossa cor, para mudarmos histórias”.

“A tecnologia é começo, meio e sempre. A mente é muito próspera em tecnologia. Através dela, conseguimos ter ações e reações do que podemos melhorar para o nosso futuro, para a nossa vida e para nosso caminhar”, ponderou Karine Priscila. “A tecnologia é uma forma de viver e sobreviver”, finalizou Sol Miranda.



Aza Njeri e Sol Miranda visitaram a exposição após a palestra.
Aza Njeri, Sol Miranda e Karine Priscila durante o encontro.