Equipes de Robótica do estado do Rio marcam presença em Festival SESI de Educação, em Brasília - Escola Firjan SESI

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Escolas Firjan SESI disputam etapa nacional da competição, que garante vaga na internacional, abril, em Houston, nos EUA

Evidências científicas mostram que experiências vivenciadas através do faz de conta constituem a arquitetura do cérebro, quando a criança desenvolve a atenção, a concentração, o vocabulário, a memória e o raciocínio. Contar histórias também estimula a curiosidade, a imaginação e a criatividade da criança. Pensando nisso, a equipe Fênix Robots, formada por sete alunos do Ensino Médio da Escola Firjan SESI com Curso Técnico da Firjan SENAI São Gonçalo, desenvolveu o projeto Contação de Histórias Animadas (CHA) com Brownie, para crianças de 5 a 10 anos, considerada a faixa etária ideal para criar o gosto pela leitura.

Motivados pelos próprios hobbies - leitura e culinária, os estudantes fizeram inúmeras pesquisas, identificaram vários pontos de intervenções inovadoras para a prática de contação de histórias e criaram um livro pop up. “O nosso projeto é diferente dos encontrados no mercado, pois as imagens se formam na perspectiva do ouvinte e não do leitor. Criamos um cenário simples que ajuda na ambientação e uma personagem que é a contadora de histórias. Através do ‘CHA com Brownie’, levamos a contação de histórias para escolas, bibliotecas e orfanatos. Tudo termina com um lanche de chá e brownie”, explica Claudio Veiga, professor de Matemática e um dos técnicos de Robótica da Fênix Robots.

A equipe contou com a ajuda de vários profissionais como fotógrafos, ilustradores, contadores de histórias profissionais, figurinistas e arquitetos. Uma das cinco campeãs da etapa regional da FIRST LEGO League Challengue (FLL), categoria que conta com uma tradicional competição de robôs criados com peças LEGO, além da apresentação de projetos de inovação, em dezembro, no Rio de Janeiro, agora, a Fênix Robots irá apresentar o trabalho no Festival SESI de Educação, que acontece entre 28 de fevereiro e 2 de março, em Brasília, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade.

Micaella Tienne Alves, 15 anos, aluna do 2º ano do Ensino Médio com Curso Técnico em Desenvolvimento de Sistemas na Firjan SENAI SESI São Gonçalo, destacou que o projeto já atendeu quase 500 crianças, através de apresentações em casa de acolhimento, colégio e colônia de férias. “O nosso objetivo é impactar diretamente crianças na influência à leitura. Trabalhar um projeto tão fascinante envolvendo elementos didáticos e atrativos torna tudo mais divertido. Além, claro, de apresentá-lo a crianças. Sorrisos radiantes e olhares brilhantes são a certeza de que estamos no caminho certo”, disse emocionada.

Confiante, a estudante finalizou que a equipe, experiente em participações em outros campeonatos, está ansiosa para o Festival, mas tranquila com o trabalho desenvolvido. “A etapa nacional é um passo muito importante na nossa caminhada. Estamos animados para mostrar o espírito da Fênix Robots por lá”, concluiu.


Foto: Divulgação

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Festival SESI de Educação

A programação reúne dois eventos: o Seminário Internacional SESI de educação e a etapa nacional classificatória para o mundial de robótica da FIRST, nos Estados Unidos. Competem mais de 2 mil estudantes de 9 a 19 anos de escolas da rede SESI e SENAI, públicas e privadas de todo o país.

Clique aqui e veja como foi a abertura do evento.

Com entrada gratuita, o festival será aberto ao público a partir da quinta-feira (29), das 9h às 18h. Os visitantes poderão assistir às quatro modalidades da competição – com miniaturas de carros de Fórmula 1, robôs pequenos de LEGO e robôs gigantes, com até 1,2 metro de altura e 56 kg –, além de participar de oficinas maker e interagir com 10 aparatos do SESI Lab itinerante.

“A robótica na Firjan SESI não vem com o intuito de fazer com que o aluno apenas monte e programe o robô. Ela possui o objetivo de estabelecer novas possibilidades para o pensamento científico e do uso da tecnologia, a tomada de decisão, além de motivar os alunos aos desafios dos problemas reais do mundo”, explica Vinicius Mano, gerente de Educação Básica da Firjan SESI.

Robôs maiores

Outras seis equipes da Escola Firjan SESI desembarcam em Brasília para competirem em outras duas modalidades da competição de robótica: Jacarepaguá, Macaé e São Gonçalo, na FTC (robôs maiores até 19kg), e Jacarepaguá, Nova Friburgo e Resende, na FRC (robôs de porte industrial até 56 kg).

Para o mundial, o Brasil terá o maior número de vagas desde que começou a participar da competição. São 12 no total: 3 de FLLC, 3 de FTC, 4 FRC e mais 2 vagas garantidas de FRC das equipes que ganharam o prêmio de Engenharia no mundial do ano passado (o prêmio dá direito à vaga no ano seguinte, com patrocínio da Nasa). No ano passado, foram 10 vagas, o que mostra que os estudantes vêm ganhando projeção internacional no torneio.

Modalidades

A competição de robótica acontece em quatro modalidades, que variam de acordo com o desafio, o porte do robô e a idade dos competidores:

FIRST LEGO League Challenge (FLLC): na modalidade iniciante, alunos de 9 a 15 anos formam equipes de 2 a 10 integrantes para construir robôs de peças de LEGO, que devem cumprir uma série de atividades e somar o máximo de pontos em partidas de 2 minutos e meio. O time ainda é responsável por idealizar e criar um projeto de inovação, que é uma solução para um problema real dentro da temática Arte.

FIRST Tech Challenge (FTC): estudantes do ensino médio constroem robôs maiores, de até 19kg, a partir de um kit de peças reutilizáveis, tecnologia Android e uma variedade de níveis de programação baseada em CAD, Java e Blocks. Os competidores desenvolvem um portfólio de engenharia para detalhar o funcionamento dos robôs, que devem cumprir atividades, como carregar blocos, em uma arena.

FIRST Robotics Competition (FRC): a categoria mais avançada envolve alunos do ensino médio, que constroem e programam robôs de porte industrial, que chegam a 56 kg e têm 1,2 metro de altura, para também realizar tarefas em uma arena. A competição é bastante consolidada lá fora, onde os times são patrocinados por grandes empresas, como General Motors, Apple, Xerox, Google, GE Energy, Toyota, que acabam utilizando o torneio para identificar talentos.

F1 in Schools: o projeto educacional da FÓRMULA 1 instiga os estudantes a montarem escuderias, com três a seis integrantes. As equipes constroem um carro em miniatura, réplica dos carros oficiais de corrida, que, impulsionados por um cilindro de CO2, podem chegar a 80 km/h em uma pista de 24 metros de comprimento.