A interdisciplinaridade é o foco da jornada pedagógica, que tem como objetivo proporcionar ao estudante uma visão ampla das circunstâncias e das peculiaridades da ciência, voltando-se à busca de soluções para situações e para problemas que encontramos em nossa rotina, no bairro, na cidade, no estado e até no país onde vivemos.

Nessa perspectiva, os estudantes da Escola Firjan SESI Duque de Caxias participaram de encontros temáticos virtuais e de palestras on-line, abordando diversos temas acerca da tecnologia e da ciência.

Em um dos encontros discutiu-se a importância da escrita na produção científica, pois “..: a Ciência não é um saber neutro, mas sim interessado e que se questiona acerca das suas pesquisas” (Aranha & Martins 1986).

No encontro conduzido por Bárbara Almeida, professora de Língua Portuguesa, destacou-se a ênfase da pesquisa científica como resultado da junção entre curiosidade e criatividade, e que estudantes, em geral, apresentam dificuldade de encontrar uma solução para seus projetos científicos em virtude da carência de conhecimentos linguísticos.

Outro ponto debatido foi a percepção do conhecimento restrito de processos que fazem parte e dão nome à Ciência. Como diagnosticado pela docente, a falta de entendimento ou o desconhecimento de alguns termos próprios do campo científico são pontos chaves para o esvaziamento da procura por soluções ou até mesmo a escassez de curiosidade dentro da sala de aula, no campo científico.

Segundo a professora Bárbara, quando se fala em registrar por escrito, os estudantes em grande parte, temem ter de fazer a produção de um texto. Esse temor decorre da falta de conhecimentos linguísticos gerada, na maioria dos casos, pela carência de leitura diária.

De acordo com a docente, uma das soluções seria o desenvolvimento de uma metodologia ampla e diversificada, que envolvesse diversos campos, tanto na área educacional quanto na área científico-tecnológica, trazendo questões do dia a dia, de forma que o indivíduo fosse conduzido à reflexão para além do senso comum.

Assim, o encontro mostrou que os procedimentos e os métodos científicos e linguísticos não devem ser encarados como dificultadores, mas como meios de incentivo para o progresso do estudante. Por meio dos estudos e das experiências é possível estimular o desenvolvimento cognitivo. O estudante/cientista deve buscar apresentar, por meio da escrita, o mecanismo que motivou a sua teoria, a fim de que sua produção científica se propague de geração em geração.