Competição, cooperação, experimentação, energia, mistura de culturas. Essas foram as marcas do Festival Internacional SESI de Robótica, realizado pela primeira vez no Brasil, em três armazéns do Píer Mauá, no Rio, de 05 a 07/08. As Escolas Firjan SESI Barra do Piraí e Nova Friburgo participaram do evento pela primeira vez, com projetos inovadores. Mais de mil estudantes enfrentaram os desafios de duas competições: a FIRST LEGO League Challenge (FLL), que reuniu 90 equipes de 37 países, além do Brasil; e a FIRST Robotics Competition (FRC), que desfilou robôs de até 55 kg de 28 equipes brasileiras.

Luiz Césio Caetano, presidente em exercício da Firjan, destacou a importância de a federação sediar os dois eventos. “Mostra nossa capacidade de participação, de compartilhar o conhecimento e traz um ambiente de robótica para o Rio e para essa garotada de muitos países”, ressaltou Caetano.

Na FLL, a representante da Firjan SESI foi a Dragon Bots, de Barra do Piraí, no Sul Fluminense, que criou uma caixa, a “Dragon Farmacy”, para transportar remédios na temperatura ideal da cidade para o distrito de São José do Turvo. “Percebemos que havia pouco acesso a medicamentos e os preços eram altos. Os moradores já podem pedir remédio por WhatsApp a uma farmácia conveniada com a Prefeitura. A caixa viaja em um ônibus escolar”, contou Rômulo Arantes, 16 anos, aluno do 2º ano do ensino médio.

Nessa categoria, os participantes, de 9 a 16 anos, desenvolvem um projeto de inovação com cunho social. A Dragon Bots já recebeu quatro premiações, com destaque para a de Inovação, no Nacional deste ano. “Participar de uma equipe de robótica é um diferencial para o currículo. Mesmo em pouco tempo, conseguimos resolver problemas de programação e melhorar o design do robô, trabalhando das 7h às 14h na semana antes da FLL”, contou o técnico da Dragon, Gilcicledes dos Santos.

Por sua vez, a FRC, conhecida como a Olimpíada de Robôs, reúne alunos do Ensino Médio, de 15 a 18 anos, com robôs de tamanho industrial para um jogo complexo e em aliança com outras equipes. Vitória Aba, de 17, participante da Tucanus, da Firjan SENAI SESI Nova Friburgo, comemorou: “Durante a pandemia, não tínhamos competições presenciais. O alvo agora mudou completamente. O contato com colegas do Brasil e do exterior é muito rico. Já falávamos com muitos de forma virtual e aqui os encontramos”

A técnica Sâmella Leal ressaltou que a equipe é nova e que “o processo de aprendizagem e a experiência na competição são os fatores mais importantes. A gente está se preparando desde abril para as provas. O custo desses robôs é altíssimo. Temos o patrocínio principal da Firjan SENAI SESI e de outras quatro empresas”, pontuou.

Hoje, o SESI é o operador dessas competições no Brasil, lembrou Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), na abertura do festival. “Vocês, jovens, são a esperança de um futuro melhor. Nossa rede de escolas foi pioneira na implantação de robótica na educação brasileira há 15 anos. Vocês já são campeões só por estarem aqui”, ressaltou.